Linhame

sábado, 28 de junho de 2014

Breviário: 28 + 67 para o filho abrir.

não para o impossível ,

separo a  fome  do que sinaliza a imagem  entre  história sobreposta e mãe deserta

resínstimo e texto, tenho em carne a oração


não para de bastado dizer a palavra virgem
nem de pôr nascida a eficácia e a servidão luminosa do dente,
 mas de ser aqui com o abrir do milho ao sol.



ainda assim,


 rimo minhas patas quanto a precisão de contar amor nos subterrâneos endurecidos do trigo

toco a abóbada gasta entre as unhas de haver na origem

e venho menos que o milho pela graça de coincidir à beira.


 mas ainda não para isso,
 posto que sol também : queimo
 não mais que ter uma parte da transfiguração da semente,
  - Hermanidade, fal(h)emos -


  crispa em meus batimentos
   um cupim desertor específico
   inversado
  jorra terra onde habita, onde ausente o pão
  é ele quem vem ser para mim o ovo

tento a reza
 
ver a mesa e a escavação volitiva de um princípio -

ganho, mirrada, a roupa de guardar o alimento

-um e outro, aos séculos de calar, teço a toca quieta das mãos -


 possível inventar Albratar e dizê-lo no comum de ser visitado
E
Brandas hargas de ilícios
e entresser  o dígito metafísico C, o som cê e o ser
até  o Eis, um para-isso
paraíso

possível dizer  ofício  e cidade
mas não ainda,



- presso -

Trato de servir  ao dia em que o Filho  abrir.

(  a palavra 'Haver' silenciosamente brotando um dicionário de intervalos )

 espero a contornar-me no contar dessas gramáticas e na fé de que -  quando-o-meu-filho  -  ele possa o parque todo

E  que, além meu sonho, na guarda dos dedos mínimos de seu silêncio  habitem verdadeiros amigos entre a comunhão de caramujos E caramujos de amigos comungados

 não o dado, mas que escreva
E seja  o círculo
o mergulho mandamento
E que eu termine em tempo essa colcha de explicar a letra 'E' como a  metade da erupção divina

Ou estranha areia,

                                                 no-dia-Em-Que-O-Filho



direi que hoje vim ser apenas 28
                                             
                                                  Ou

que ao sol esturriquei os outros 67
grão a grão
para que jamais falte
entre nós e árvores
 o fruto verde de sempre haver

 não para dobrar, arca alguma nesse bojo

ser silêncio e dilúvio - nem tanto o mundo submerso -
mas a chance de inteiramente um corpo a inundar
 - creio assim - escrito


Escresço

serei 67 para diante

e tu  o embutir de trinta cuias com a palavra irmã
guardando entre a boca
comunhão e  nome









terça-feira, 3 de junho de 2014

Outra Orquestra



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