Linhame

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Peça nº1 para 2 ou + Flautas



traições à parte , o princípio animal não é uma metáfora

não se troca o som de passarinho por aliterações

a terceira margem é concretamente uma resposta para tanta falta d'água

à parte traições e apartamentos/espera-se um rio entre ao menos dois comparsas - na meiotinha -



------------espaço para que se inscreva aqui uma data --------------------------



a terceira margem não está referida a rios, trata mais do caminho de água eminente

rio paravirá

ou, quando muito, do número dois pra frente, sentado de bugre, função recebida pelo diminuir de ossos

ou, com algum esforço do filho, o que sobra [na gente] daquele metal de asa barulhenta

avesso ao ausente que formula a cidade inteira no galho - o que canta um poema sujo -



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 ( a fota explica) um texto envelhecido que perdeu sentido. como pude juntar palavras como "flauta" e "armo", "concha" e "Urra" e depois "filho"? Como querer isso a um filho? o texto era


Armo uma flauta enlouquecida por milênios,

                                                                         não figura abrupto o som de tanta espera?


então, peço ao Recém-nascido que concorde isso-de-rede
à terceira margem que racha a concha.[ será preciso que invente esse concordar à]
urra filho, traições à parte, toda terra espera um testemunho

traições à parte,  como um  fato seguirá que a terra suspensa
tenha acompanhado o Filho ao sombrar da  tirania
o gesto amoroso e pão segredo

traições à parte,  figura aqui o lugar do anúncio
[daí  uma confusão de tempos].
traições à parte, isso fibra ressoante  - o texto - é  a cera que
 confessa palavra armada [ olvido*ulysses ]

ainda assim, diz-se que virá
                                     
                                            o outro rio- nesse dia de poesia gasta -


           e que seria preciso ter dito o qualquer canto preparo
                                     uma lavagem de acompanhar o rio





(que vergonha)

 e que era mais simples ter dito o Hélio Leites apenas repetiu num programa de tv


Oh, senhor!
concede-me uma vida simples e reta
como uma flauta de bambú
Para que tu possas enchê-la de música



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antes de haver dia a confissão convivia resguardada entre as mão de um carteiro. Este tinha um nome, mas ficou menor que a função. Assim também tudo que o balcão de um bar imundo sustenta. Profusão de histórias, uma ou outra no vivo/real, mas tudo ( entre os copos e compotas) tão derradeiramente acompanhado da função de exercer um puro recheio sem nome que meu tecido chega a escutar amedrontado

porque isso porta a única questão da minha heresia cotidiana e preguiçosa.

O que pode uma pessoa contar a outra? Que desobediência uma pergunta dessas... antes de haver o dia era estômago, badalo da garganta e a necessidade esculpida em um sem números de cavidades preenchidas de expressar o humano. Que desobediência bem situada, quanta conta não garante!

espero ainda o carteiro e olho fixamente as estrelas, porque nasci em maio e tenho o signo do vento,

[ Tagore: " carrega de Ouro as asas do pássaro e ele nunca mais voará pelo céu" , e continuo, porque é assim de companhia o que habita uma carta ]

cada ponto luminoso desse céu pesa ouro e chão na função que canta meu trajeto. 
'Tendinha de sobrevivência'  meu privado universo de dar ouro à imagem. Ainda que não possa crer no brincar de pré e sufixo como um projeto habitacional 

o grande lance é o  OSSO
                         a  LINCE
                         a  SUPERFÍCIE

e ser bondoso como o carteiro, porque paradoxo propõe brincadeira mas interdita - a cidade INTERDITADA de São Paulo bem o sabe. 

Roupa simples, vida reta como flauta de bambu para que o senhor possa preenchê-la de música


o lance é o OSSO
               a  LINCE
                a SUPERFÍCIE